Singularidades e Troika lançam curso de extensão para a educação bilingue

A formação de professoras e professores para a ensino bilingue é um dos principais desafios das novas Diretrizes Curriculares para a Educação Bilingue, já aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação e que aguardam a homologação do Ministério da Educação.

As diretrizes determinam a diferença entre a escola bilíngue e a escola com currículo bilíngue optativo, a carga horária mínima para a língua adicional em cada etapa da educação básica, a qualificação do professor e os prazos para adequação dos projetos pedagógicos.

Para a formação docente, a nova orientação obriga que para ser professora em língua adicional na escola bilíngue é necessária graduação específica para a etapa, ou seja formação em letras ou pedagogia para a Educação Infantil e Anos Iniciais do Fundamental e, para os Anos Finais, licenciatura na disciplina de atuação e a formação complementar em educação bilíngue com no mínimo 120 horas. Além da comprovação de conhecimentos na língua inglesa referentes ao B2 de acordo com o Quadro Comum de Referência Europeu.

Para auxiliar educadores e  instituições de ensino nessa formação, o Instituto Singularidades, instituição de ensino superior especializada na formação docente, e a Troika, consultoria educacional, se uniram para criar o curso de extensão Teaching content in English.

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O curso, que atente a todas as exigências nas novas Diretrizes Curriculares para a Educação Bilingue, fornece aos professores os conhecimentos básicos para atuar efetivamente em escolas bilíngues que adotam o inglês como língua adicional, além de ajudá-los a desenvolver suas competências linguísticas em inglês, uma vez que o curso será ministrado em inglês.

A coordenadora dos cursos de extensão do Instituto Singularidades, Antonieta Megale, explica que essa formação tem como objetivo auxiliar “o professor que atua no ensino bilingue a construir recursos para lidar com o desafio de ensinar conteúdos por meio da língua inglesa ao mesmo tempo em que aprimora suas próprias habilidades linguísticas”.

A sócia-gerente da Troika, Isabela Villas Boas, afirma que a parceria entre duas instituições visa o desenvolvimento da educação bilíngue brasileira e a adoção de práticas contemporâneas, democráticas e inclusivas. “O Instituto Singularidades, com seu renome na área de formação de educadores, e a Troika, uma empresa de consultoria educacional que tem como um dos seus pilares o engajamento contínuo com educadores, juntaram esforços para trazer para o curso um olhar moderno, relevante”, destaca.

As novas orientações curriculares determinam que os educadores devem comprovar proficiência de nível mínimo B2 no Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (Common European Framework of Reference for Languages – CEFR), padrão internacionalmente reconhecido para descrever a proficiência em um idioma.

Antonieta Megale frisa que o professor que atua em uma escola bilíngue deve se preocupar em conhecer a instituição que oferece os cursos e os professores que o conduzirão. “É importante saber se a instituição é reconhecida pelo MEC, se os professores produzem conhecimento sobre educação bilíngue, publicam artigos, desenvolvem pesquisas e estão envolvidos com a educação bilíngue na prática”, diz.

Segundo ela, para desenvolver o letramento dos estudantes é “essencial compreender quais são as bases teórico-metodológicas que fundamentam a educação bilíngue para planejar e realizar práticas em sala que operam a partir de uma perspectiva que compreende a linguagem como prática social “.Isabela Villas Boas ressalta que “o professor precisa entender como as suas práticas avaliativas conversam com essa fundamentação teórica e quais são as inovações em educação e avaliação que estão sendo discutidas e praticadas em diversos países”.

Isabela Villas Boas afirma que o ensino bilíngue potencializa ao estudante o desenvolvimento das competências globais, pois o aprendizado por meio de uma língua adicional estimula o pensamento crítico, a comunicação e a criatividade. “Ele leva o aluno a desenvolver resiliência ao se defrontar com aspectos da língua adicional que divergem dos da sua primeira língua, tolerância a outras culturas e modos de pensar e flexibilidade para lidar com situações não previstas”, explica.

Antonieta e Isabela lembram ainda que professores que atuam em escolas bilíngues precisam estar preparados para lidar com salas de aula heterogêneas em relação ao conhecimento linguístico dos estudantes. “É muito importante que o professor tenha uma formação sólida e que a escola se organize para que todos os estudantes possam se desenvolver integralmente”, diz Antonieta. Isabla afirma que um recurso essencial para o docente é a diferenciação, “em que o professor aborda os saberes de maneiras diferentes e os avalia diferentemente também de acordo com o nível de proficiência do aluno”.

Outro desafio para o ensino bilíngue é o professor que tem muita experiência em sala de aula, mas um nível de inglês menor que o B2, uma realidade de muitos professores no Brasil. “É preciso construir conhecimentos linguísticos relativos às diferentes áreas do saber. O professor que ministrará disciplinas em inglês, precisará lançar mão de linguagem específica referente, por exemplo, ao campo das ciências ou da matemática”, explica Antonieta Megale.

Isabela Villas Boas alerta para o desenvolvimento da competência comunicativa em inglês. Para ela, é essencial para o professor que atua no ensino bilíngue o inglês geral, mas também o inglês acadêmico. “Não basta ter o preparo teórico e prático necessário, mas não dominar a língua adicional que vai ensinar, porque o ensino bilíngue não é o ensino da língua adicional, mas sim o ensino na língua adicional”, explica.

O curso de extensão Teaching content in English é totalmente remoto e tem duração de 1 ano. Começa dia 07 de agosto de 2020. São 120 horas de curso, sendo 72 horas remotas (síncronas) e 48 horas assíncronas.

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O curso é organizado em oito módulos que abrangem temas como abordagens e métodos para ensinar conteúdos em inglês, multiletramentos, avaliação,  desenvolvimento de competências globais, entre outros. O curso conta ainda com um módulo opcional que oferece mentoria e experiência de campo.

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