Grátis: Filmes que ensinam política, na sala de aula

Educador da rede pública e privada cadastrados na plataforma Tamanduá EDU com o perfil “professor” terão acesso gratuito aos filmes da coleção I Festival Filmes Que Ensinam – Tema História Política até 15 de outubro, além de um cupom para que seus alunos possam assistir aos mesmos conteúdos, também gratuitamente.

É neste momento de polarização política e social que escolas e educadores enxergam grandes possibilidades para a promoção do conhecimento do aluno crítico e argumentativo. Além dos artigos de opinião publicados pelas mídias, outro grande aliado da educação são as produções audiovisuais – documentários e filmes – que têm registrado os momentos históricos que contam o surgimento da democracia, do fascismo, do liberalismo e dos movimentos sociais até os tempos atuais

Após o portal de filmes educativos Tamanduá Edu disponibilizar sete produções no I Festival Filmes Que Ensinam – Tema História Política gratuitamente à todos os professores e gestores de escolas públicas e privadas, vem agora o Prêmio Procura-se professor autor.  O objetivo é estimular o compartilhamento de experiências com o uso do audiovisual na educação e valorizar professores de escolas públicas e privadas de todo o país.

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A inscrição no concurso é um incentivo para que os professores relatem na plataforma Tamanduá Edu o uso pedagógico que fizerem dos filmes (todos classificados pela BNCC) e ganhem uma assinatura de 6 meses do plano CineEduca.   “O mais importante desse concurso, que também premiará o melhor relato com um tablet, é que o professor use as produções audiovisuais com seus alunos, potencialize a educação que desenvolve e compartilhe seus relatos de uso para que outros educadores sejam inspirados”, diz a diretora da Tamanduá Edu, Ana Gabriela Lopes.

Dica de uso:

Exemplo – Após o 7 de setembro, o Brasil acordou assustado com o discurso do presidente Jair Bolsonaro e o teor dos artigos e reportagens publicados pelas grandes mídias. O filósofo Vladimir Safatle publicou artigo no periódico espanhol El País afirmando que  O golpe começou. O professor e pesquisador de economia política, desenvolvimento e economia brasileira na UFBA, Luís Filgueiras, em artigo no portal Outras Palavras  – O capitão sem rumo e o empurrão que falta – fala sobre a ameaça fascista no Brasil atual.

Filmes:

Os documentários da Tamanduá Edu que abordam a história política são ótimas ferramentas para serem trabalhadas em sala de aula e mesmo no ensino remoto porque contextualizam os acontecimentos e ampliam o entendimento sobre os fatos.   Os filmes tiveram a curadoria pedagógica da educadora Eliane Yambanis, professora de história do Colégio Equipe, em São Paulo. Para ela, a educação política é uma mola propulsora da formação de estudantes críticos e cidadãos.

“É dever do professor colaborar no desenvolvimento de capacidades que levem os jovens não só a assumirem posicionamentos políticos frente à realidade, como também a promoverem intervenções capazes de produzir transformações sociais”, destaca.

Ela afirma que a escola precisa ter a educação política como parte integrante da proposta curricular e que os recursos audiovisuais são ferramentas significativas para trabalhar em sala de aula.

1º Festival de Filmes que Ensinam – História Política

O Paradoxo da Democracia, de Belisário França. Uma reflexão sobre a crise mundial da democracia na atualidade, com depoimentos de intelectuais e atores políticos estrangeiros e brasileiros. O documentário mostra como democracias tão distintas quanto Brasil, EUA, França, Egito e Ucrânia foram tomadas por protestos de rua que tiveram como elemento unificador a insatisfação com a política tradicional. E, mesmo assim, a crise continua viva e produzindo resultados que deixam o mundo perplexo.

O Mês que Não Terminou, de Raul Mourão e Francisco Bosco. Um olhar sobre o processo político das jornadas de junho de 2013 e seus desdobramentos, passando pela operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Roussef, a prisão de Lula e a eleição do extremista da direita Jair Bolsonaro.

O Dia que durou 21 anos (série), de Camilo Galli Tavares. Minidocumentário com três episódios reproduz o panorama político que antecedeu o golpe cívico-militar no Brasil em 1964. Conta sobre a participação do governo dos Estados Unidos na preparação do golpe, desde 1962, até 1969, com o sequestro do embaixador dos EUA no Brasil Charles Burke Elbrick. O diretor é filho do jornalista Flávio Tavares, um dos autores do sequestro.

O Voto: a História das Sufragistas (série), de Michelle Ferrari. Reproduz a árdua história da campanha travada pelas mulheres norte-americanas e inglesas pelo direito ao voto, um movimento político e cultural. Série-documentário em quatro episódios.

Espero tua (re) volta, de Eliza Capai. Um retrato do movimento estudantil que ganhou força a partir de 2015 com a ocupação das escolas estaduais por alunos secundaristas. O documentário acompanha três jovens do movimento, entre eles Lucas Penteado, que viria, anos depois, ser expulso do reality show Big Brother.

A Última Abolição, de Alice Gomez. Produção aborda a escravidão no Brasil, destacando a resistência escrava, o papel das mulheres negras, as discussões da elite, culminando com a assinatura da Lei Áurea e suas consequências para a população negra do Brasil pós-abolição até os dias de hoje.

A Mãe de Todas as Lutas, de Susanna Lira. Documentário que recorre à memória para vislumbrar um futuro sob a ótima feminina. O filme acompanha a trajetória de Shirle Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão no front da luta pela terra no Brasil. O filme deixa uma questão crucial para o futuro do planeta: Que tipo de adubo você que ser para a Mãe Terra?

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