Alunos do ensino técnico do Liceu de Artes e Ofícios unem inteligência artificial e robótica para tratar articulações das mãos

Alunos do ensino técnico do Liceu de Artes e Ofícios unem inteligência artificial e robótica para tratar articulações das mãos

Um dos consensos no setor educacional brasileiro é a necessidade de aumentar as matrículas na educação profissional e tecnológica (EPT) e melhorar a sua qualidade para formar bons profissionais. Hoje, no Brasil, um em cada dez estudantes, ou seja, 11% daqueles com idade entre 15 e 24 anos, fazem ensino técnico profissionalizante. A média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) varia de 35% entre os estudantes de 15 a 19 anos a 65% entre aqueles com 20 a 24 anos. Os dados são do relatório Education at a Glance 2023.

Para tentar melhorar este cenário, o Ministério da Educação está lançando o programa Juros pela Educação, que pretende reduzir juros da dívida de Estados que investirem no ensino médio técnico. 

No Brasil, uma das mais bem conceituadas e tradicionais escolas técnicas é o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Atuando há 150 anos na área educacional, a instituição oferece ensino técnico integrado ao ensino médio de cunho social e gratuito, além do ensino médio regular pago.

Um dos projetos desenvolvidos pelos alunos do ensino técnico utiliza um braço robótico, guiado por inteligência artificial, com o objetivo de auxiliar no tratamento de saúde das articulações das mãos. O robô desafia os pacientes na reabilitação, tornando-a mais eficaz e motivadora.

O aluno Alex Higuchi conta que a ideia principal do projeto surgiu quando um grupo de alunos tomou conhecimento de um tratamento fisioterápico para pacientes com problemas nas mãos. Composto de cinco estudantes e sob a coordenação do professor Lucas Aoki Chao, o grupo passou a pesquisar a robótica e a inteligência artificial como ferramentas possíveis para auxiliar nesses casos.

O tratamento de fisioterapia propõe que o paciente faça um esforço físico por meio de jogos interativos, como, por exemplo, damas e xadrez. Ao jogar damas com o auxílio do robô, os pacientes, além do exercício mental, precisam fazer um esforço para que o robô movimente e tire as peças do tabuleiro.

“A ideia é colocar um velcro embaixo das pedras para o paciente mover e fazer um esforço para tirá-las e colocá-las no tabuleiro, ajudando no fortalecimento das articulações”, explica Alex Higuchi. “O objetivo é ajudar no tratamento das articulações ao integrar a inteligência artificial e o robô que joga damas”.

Assista o vídeo do projeto em https://www.instagram.com/liceu_escola