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Qual é a nossa identidade?

Na visão de Slimani, todos deveriam poder incluir na sua identidade, o sentimento de pertencer a uma grande família humana. Para ela, viver entre culturas é uma riqueza, permitindo que essas pessoas atuem como pontes de diálogo e compreensão.

Quando Slimani esteve no palco do Fronteiras do Pensamento, destacou aspectos da criação de seus romances, como a construção de personagens extremamente solitários, que se sentem como “estranhos” em sua própria realidade: “Meus personagens têm o sentimento confuso de não pertencer a nenhuma comunidade, de não fazer parte de qualquer grupo que possa compreendê-los ou demonstrar solidariedade. Até mesmo seus familiares parecem estranhos para eles. A vida se desdobra diante de seus olhos sem que eles tenham a sensação de controlar qualquer coisa.”

Slimani comenta sobre as diversas críticas que recebeu sobre seu romance “Sexo e mentiras”. Sendo uma boa marroquina, deveria agir como se não visse a realidade que estava à sua frente, e que deveria silenciar sobre os defeitos do seu país. Como se sua identidade a obrigasse a certa lealdade.

Leïla Slimani é uma expoente da nova literatura francófona e foi, em 2016, vencedora do Prêmio Goncourt, um dos mais prestigiados de língua francesa. Graduada em Estudos Midiáticos, atuou como jornalista para a revista Jeune Afrique e, após ser presa ao cobrir a Primavera Árabe, iniciou o projeto de um romance.

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Originalmente publicado em...