Bolsa racial com ajuda de custo de meio salário-mínimo mensal e reorganização de contratação de profissionais negros são algumas das iniciativas
Uma política antirracista é o novo compromisso do Instituto Singularidades. O projeto apoia-se em três pilares iniciais: o Fundo de Bolsas para Equidade Racial; o Programa de Formação Antirracista e a Política de Desenvolvimento Institucional Antirracista.
“Queremos formar mais professoras e professores negros, apoiar educadores, instituições públicas e privadas com formações na temática antirracista e transformar nossa organização em uma instituição antirracista”, afirma Alexandre Schneider, presidente do Instituto Singularidades. Para avançar nessa agenda, segundo ele, a instituição criou um fundo de bolsas destinadas a estudantes de baixa renda da rede pública.
Ajuda de custo e inscrição
“Além da isenção das mensalidades e taxas, o programa oferecerá uma ajuda de custo de meio salário-mínimo mensal. Nossa meta é ter 30% dos estudantes do Instituto neste programa nos próximos quatro anos”, diz o presidente.
As bolsas dos alunos contemplados em 2021 serão custeadas pelo Instituto Península e pela Fundação Lemann. As inscrições ocorrerão entre 11 e 22 de janeiro, conforme edital publicado no site do Instituto Singularidades.
Desconstruir para reconstruir
A partir de 2021, serão oferecidos cursos de extensão, imersões, webinários e cursos autoinstrucionais na temática antirracista.
O Institucional Antirracista do Singularidades prevê o letramento e a sensibilização pela equidade racial de todos seus professores. Também reorganizará a política de contratação, a formação de lideranças e o relacionamento com fornecedores, tendo a temática antirracista como um de seus pilares, bem como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.
“A busca pela equidade racial e social deve ser de toda a sociedade, gerando uma mudança sistêmica que alcance todas as áreas. A educação de jovens e formação de professores é fundamental, pois é a partir dela que podemos realmente fazer a transformação do país para uma sociedade mais justa e avançada, oportunizando-a para todas e todos” defende Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.