Juliana Macedo Rocha, doutora pela Faculdade de Educação (FE) da USP
Em 2007, na segunda tentativa, ingressei no programa de doutorado da Faculdade de Educação (FE) da USP. Foram quatro anos e meio de experiências intensas que me atingiram profundamente como ser humano e como profissional da educação. Tive o privilégio de ter aulas com as professoras Lisete Arelaro, Lucia Bruno, Maria Clara di Pierro, dentre outras. Orientada pela professora Carmen Sylvia Vidigal Moraes, tive na banca de qualificação e na de defesa as análises e as recomendações do professor Celso Ferretti. Para quem, como eu, trabalhava à época com educação profissional, uma honra e tanto. Também conheci pessoas encantadoras, com as quais pude aprender e compartilhar ideias, com destaque para Jany Dilourdes Nascimento, pedagoga e professora comprometida, que me acolheu em sua casa em algumas ocasiões.
Ah, já ia me esquecendo… Fiz o doutorado sem bolsa, morando em outro Estado e trabalhando quarenta horas semanais em uma empresa privada! Durante o cumprimento presencial dos créditos, eu encarava a rodovia Regis Bittencourt de ônibus uma vez por semana, em um bate e volta que somava cerca de oitocentos quilômetros. O curioso, quase um milagre, é que nunca perdi uma aula sequer por atraso em decorrência de acidente na rodovia e nem tive problemas na volta para casa. Chegava de madrugada, dormia algumas horas e ia trabalhar pela manhã, cansada, mas certa de que fazer parte da USP era minha realização pessoal naquela ocasião. Não posso, portanto, deixar de expressar meu agradecimento ao empregador que deu aval a todo o processo – de idas a São Paulo e da pesquisa e da escrita da tese – e apostou que essa minha experiência poderia trazer contribuições para a missão da instituição.
E por falar em gratidão, sou eternamente agradecida à USP, universidade pública de excelência, a melhor do País. Como “forasteira”, sempre fui muito bem recebida, atendida e ouvida. Professores, secretários acadêmicos, bibliotecários, minha orientadora, todos, com muita empatia, não mediram esforços para me auxiliar em busca do meu objetivo. Tenho poucos registros fotográficos dessa época, mas, se fecho os olhos, lembro-me vivamente de tudo o que lá experienciei.
Um viva à USP! Um viva aos seus 90 anos!