Quando eu morava no prédio da Reitoria

Sergio Luiz Sergio de Almeida, funcionário da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da USP

Minha história com a Universidade começa em 1957 quando eu nasci. Naquela época, meu pai era servente de pedreiro e trabalhava na FAU (Rua Maranhão) e morávamos lá, na casa que foi do Conde Penteado.

Em 1963, ou por volta disto, o zelador da Reitoria faleceu e o reitor da época desligou o servente mais antigo para colocá-lo como zelador do prédio, aí viemos morar onde é hoje o atual prédio da Reitoria, nosso apartamento ficava no oitavo andar onde o elevador não chega. O apto era enorme, pois metade do andar era o nosso apto e a outra metade ficava a sala de máquinas dos dois elevadores e do elevador privativo do reitor, bem como um salão enorme.

Em 1969, quando a USP teve um novo estatuto, o reitor Miguel Reale pediu para meu pai, Benevenuto Antonio de Almeida, badalar a Cabra nº2 doada pela Universidade de Coimbra por um minuto, para simbolizar a entrada em vigor do novo estatuto.

Esta história está documentada no jornal Folha de S. Paulo de 14/12/1969.

Esta é uma parte da minha história com a USP, pois quando morei no prédio da Reitoria, vi construir a Praça do Relógio a FAU, ECA e o Cepeusp por onde eu passava a pé para assistir aula na Escola de Aplicação. Na época da ditadura militar, eu vi a explosão de uma bomba no elevador do Reitor, vi os tanques de guerra passando na rua em frente À ECA, muitas coisas aconteceram que ficaram marcadas na minha memória até hoje.

Meu pai se aposentou em 1972 e tivemos que mudar, aí em 1977 voltei para a USP como funcionário e estou aqui até hoje.

Hoje, trabalho na STI como analista de sistemas, essa um parte da minha história com a Universidade.

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