Anna Lembke é uma psiquiatra norteamericana, formada e pós-graduada em Stanford, onde também é professora e coordena pesquisas sobre dependências na clínica da Universidade – Dual Diagnosis Clinic. Lá são pesquisados e tratados transtornos associados não apenas a substâncias químicas, mas também vícios comportamentais e transtornos psiquiátricos concomitantes.
Importante autora na área, Lembke pesquisa incansavelmente o vício nas chamadas “drogas digitais”, que tem as redes sociais mais populares como protagonistas. A psiquiatra afirma que o uso constante de redes sociais ativa os mesmos circuitos que as drogas mais conhecidas da medicina, como o álcool ou anfetaminas, por exemplo. Isso significa que a dopamina, neurotransmissor de prazer, também é liberada em vícios comportamentais digitais, ativando o mesmo sistema de necessidades e recompensas do cérebro.
Nessa semana foi sancionada, pelo Governo Federal e Ministério da Educação, a lei que restringe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas do Brasil, com o objetivo de equilibrar o uso desses aparelhos na educação básica, proteger crianças e adolescentes dos malefícios do vício digital e estimular a atenção dos estudantes aos conteúdos de sala de aula. O Ministro da Educação, Camilo Santana, reforça que o uso pedagógico, sob orientação dos professores, poderá e deverá continuar a ser utilizado.
O uso exagerado de telas, especialmente de telefones celulares, está crescendo entre crianças, segundo uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com mais seis universidades brasileiras. A pandemia e o isolamento contribuíram muito para que a nomofobia (vício em telas) seja considerado o novo mal do milênio.
Assista à conferência de Anna Lembke na nossa plataforma ou no nosso canal do YouTube, e deixe um comentário: qual a sua opinião sobre a nova “Lei dos Celulares”?
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