Pandemia intensifica a necessidade de educadores ensinarem o conceito, que já era fundamental para enfrentar as adversidades encontradas no colégio e fora dele.
Em entrevista ao Jornal O Estado de S. Paulo, em caderno especial sobre Escolha da Escola, a diretora do Centro Educacional Pioneiro, Irma Akamine, diz que outra forma de ajudar a desenvolver a resiliência dos alunos é ir aumentando os desafios gradativamente, sem forçar demais de uma só vez, para que ninguém desanime. Essa foi a receita utilizada pelo Centro Educacional Pioneiro para continuar as atividades durante a pandemia. “Em todas as etapas do ensino, tudo foi bem gradativo e com ajuda da família. Mesmo no infantil, a etapa mais desafiadora, enviamos um guia de atividades e fizemos encontros síncronos, mas com grupos menores, para ter interação. Gradativamente fomos aumentando o volume das atividades e dos grupos”, explica Irma Akamine Hiray, diretora do colégio.
No segundo ciclo do fundamental e no ensino médio, diz a diretora, as atividades acadêmicas já seguem um ritmo muito parecido com o previsto para o ensino presencial, de antes da pandemia. Mas isso não significa que os desafios acabaram. “Tenho jovens com ansiedade, depressão. Tenho famílias com muito medo, com pessoas que adoeceram. Temos famílias que os pais são da área da Saúde e estão longe dos filhos para preservá-los”, cita. Assim, como deseja que os estudantes não desanimem, Irma tampouco desanima: a educadora olha para os desafios à frente com esperança. “Vamos passar a cuidar muito mais da saúde mental e emocional. Temos de tentar pegar toda essa experiência e encontrar nela uma luz.”