Para Waldete Tristão, educadora e integrante da Comissão Antirracista do Instituto Singularidades, o Brasil não discute de maneira apropriada as suas raízes escravocratas. “Nas escolas pouco se fala do capital cultural trazido pelos negros para o Brasil. A criança branca aprende a valorizar sua cor de pele desde pequena, já a criança negra não.”
Os métodos de ensino nas escolas brasileiras, diz ela, são defasados porque os negros não são abordados além do retrato da escravidão, o que dificulta a identificação de jovens negros com sua história e sua cultura. “Pouco se fala do negro ourives, do negro lavrador. A história negra deve ser desvelada e respeitada. As crianças precisam aprender não somente a valorizar sua cor de pele, como também valorizar a cor de pele do outro.” (Reportagem do Portal Canguru News)