A escola como formadora da professora

A escola como formadora da professora

Formar bons professores não é tarefa exclusiva das faculdades de educação. Quem trabalha com o tema sabe que a escola e a prática em sala de aula são também essenciais para formar o bom profissional do ensino. O conceito de “Escola Formadora” é a ideia central de um acordo de cooperação entre a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e o Instituto Singularidades, faculdade que forma professores nas áreas de pedagogia e Letras.

Pela parceria, os alunos que cursam pedagogia no Singularidades fazem o estágio curricular, obrigatório desde o primeiro ano da graduação, nas escolas municipais. O estágio funciona no modelo de residência pedagógica, alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“O professor da escola pública recebe um convite do Singularidades para ser um professor mentor. Ele não é obrigado a receber um estagiário do Singularidades, a não ser que se sinta motivado pelo conceito proposto pela Escola Formadora, e aceite fazer o  curso que o prepara para ser tutor deste aluno, futuro professor”, conta a coordenadora do projeto, Ivaneide Dantas.

Ela conta que os alunos estagiários são acompanhados por professores mentores em sala de aula, e esses professores recebem do Singularidades um curso de 40h, remoto e com encontros síncronos, onde são abordados os conceitos de mentoria, e como esses professores podem colaborar com a formação do estagiário no desenvolvimento das práticas pedagógicas dentro das rotinas e dos ambientes de aprendizagem.

O projeto piloto começou no primeiro semestre deste ano com 45 alunos fazendo seus estágios nas creches municipais e conveniadas que atendem crianças entre 0 e 3 anos. Neste semestre, já são 100 futuros professores fazendo seus estágios em escolas públicas – EMEIS – que atendem crianças entre 4 e cinco anos de idade. A meta é que a parceria chegue a 40 unidades até 2024.

A professora Ivaneide explica que o trabalho de formação em parceria com a escola pública foi enriquecedor. “A experiência que tivemos no primeiro semestre foi bastante relevante, tanto para os professores mentores da rede quanto para os estagiários, como para os próprios professores do Singularidades”, afirma.

Segundo ela, os chamados professores da disciplina (que dão os cursos do Singularidades para os colegas da rede municipal) se aproximam da escola de educação básica. “As informações não vêm mais apenas pelos alunos estagiários, mas também pelo professor mentor e pelo professor da disciplina que visita a escola”, diz.

Ivaneide destaca que esta parceria é importante também por aproximar o ensino superior do ensino básico. “Esta união faz parte das diretrizes do Singularidades, de trabalhar mais próximo da rede pública. É um compromisso que sempre tivemos e agora estamos conseguindo concretizar”, diz.

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