Estudantes vencem etapa da Olimpíada de Saúde e Meio Ambiente com projeto de transformar resíduo orgânico em plástico.
Mais que medalhas, prêmios e diplomas, participar de olimpíadas no período escolar estimula o pensamento crítico dos alunos e os ajuda a se aprofundar ainda mais em disciplinas como ciência, tecnologia, história, física, matemática, entre outras.
Giovanna Bertelli de Gouveia, 18, e Letícia Yumi Matsune, 17, são estudantes do 3o e 2o ano do ensino médio no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e vencedoras da etapa regional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA) na categoria projeto de ciências para o ensino médio. A olimpíada é um projeto educativo da Fundação Oswaldo Cruz e tem como principal objetivo o reconhecimento do trabalho desenvolvido por professores e alunos nas escolas em prol da educação, saúde e meio ambiente.
As alunas desenvolveram projeto que transforma resíduos orgânicos – gerados dentro da escola – como casca de legumes e frutas, em bioplástico. O processo consiste em triturar os resíduos com água e com a ajuda de um filtro, separar o líquido do sólido. Depois, é necessário adicionar glicerina ou ácido acético e levar ao fogo para dar consistência ao material. Quando pronta, a mistura é espalhada em uma bancada para aguardar o processo final de secagem.
A ideia do projeto partiu de uma das alunas, quando a professora de biologia, Danielle Prudente apresentou a olimpíada da Fiocruz . “A Giovanna trouxe a ideia da criação do bioplástico com os resíduos orgânicos descartados pelo restaurante do Liceu, e eu achei interessante e viável para ser desenvolvido no laboratório da escola. A Letícia também demonstrou interesse em participar da olimpíada, então as duas alunas se juntaram e fizeram os experimentos do bioplástico juntas. Ambas são bolsistas e alunas exemplares”, conta a professora orgulhosa, ressaltando que professores das áreas de química e português também colaboraram para o sucesso à premiação do projeto.
“Foi uma oportunidade única para colocarmos em prática tudo aquilo que aprendemos em sala de aula. O tempo que passamos no laboratório, trabalhando em algo que foi proposto por nós, foi muito gratificante”, diz a aluna Giovanna.
Letícia enxergou a oportunidade como um caminho para continuar participando de olimpíadas. “Toda essa vivência de propor hipóteses, realizar experimentos, escrever com linguagem científica, me deu habilidades que com certeza eu vou levar para a vida. Fiquei muito feliz com o nosso resultado e com certeza esse projeto vai me motivar a participar de muitos outros. Planejo continuar a realizar diversas olimpíadas e ser ativa na comunidade escolar”.
Junto da professora Danielle, Giovanna irá participar da cerimônia e premiação realizada pela Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro durante os dias 06/12 e 09/12. Após receber o prêmio ( medalha de ouro) na etapa regional, as alunas concorrerão para a premiação no cenário nacional.