Volta às aulas: Como as escolas podem auxiliar no processo de adaptação de novos alunos?

Volta às aulas: Como as escolas podem auxiliar no processo de adaptação de novos alunos?

Esperança, animação e ansiedade. É com esse misto de sentimentos que professores e alunos voltam para as salas de aula neste novo ano.

Se 2022 foi um ano cheio de trabalho e desafios para os educadores que estão no chão da escola, para os alunos os desafios não foram menores. Passaram pela recuperação da aprendizagem perdida provocada pelo isolamento, pela adaptação ao ensino presencial, à nova rotina e aos novos amigos. Por isso, mais do que nunca, o recesso de fim de ano foi um momento para descansar corpo e mente de todos os envolvidos. 

Irma Akamine, diretora do Centro Educacional Pioneiro, colégio da zona sul de São Paulo, acredita que as férias foram um momento essencial após um ano intenso e de muitas incertezas.

” Com o retorno das aulas, temos de garantir que todos os alunos sejam muito bem acolhidos”, diz Irma. Para ela, o acolhimento de todos e o cuidado com a adaptação dos novos alunos é prioridade, uma vez que um novo ano é um novo ciclo, novos amigos, novos professores, novos gestores, novos profissionais, bem como novos projetos pedagógicos”.

O Pioneiro conta com a assessoria do GEPEM, – Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral, da Unicamp e investe em disciplina no currículo que visa o bem-estar dos alunos. 

Para Marta Gonçalves, mestre em Psicologia da Educação e professora do Instituto Singularidades, “As escolas precisam fazer com que esse aluno novo se sinta pertencente. Cada aluno tem a sua história, portanto é importante olhar cada caso de perto e avaliar as diferentes dinâmicas que podem ser propostas pela escola. Uma caixa de perguntas com dúvidas sobre o ano letivo, indicar um aluno já habituado à escola para apresentar o espaço”. 

A professora ressalta que o acolhimento dos pais também é fundamental para uma boa adaptação dos alunos “Acolher os pais é sempre importante, quando eles se sentem seguros com a escola, a criança tende a ter uma ambientação mais tranquila”. 

Na Carandá Educação, os dois últimos anos tem sido de reconstrução e readaptação da rotina escolar. Nesse ano, o foco é retomar os cuidados com a saúde mental e estimular ainda mais a coletividade. ” A missão e perspectiva da Carandá, como uma instituição de ensino, é promover atividades coletivas dentro da escola que propiciem um ambiente leve e descontraído, um local que fomente interações entre pessoas e que cure gradualmente o sofrimento causado pelo isolamento e pela angústia da vida pandêmica de cada uma delas.” diz Lígia Berenguel, diretora pedagógica da Carandá