A importância da saúde mental na escola
A nova edição do relatório anual do Estado Mental do Mundo, divulgado nesta quarta-feira (1), coloca o Brasil em terceiro na lista dos piores índices de saúde mental do mundo. Como a escola pode contribuir para reverter este quadro ? É importante que a escola seja um espaço acolhedor, onde os alunos sintam-se seguros para compartilhar suas preocupações emocionais. Muitas instituições de ensino tem projetos específicos para tratar do tema e auxiliar na criação de uma geração mais saudável psicologicamente.
No Centro Educacional Pioneiro, mesmo antes da pandemia, já havia um projeto especializado em saúde mental e bem estar das alunas e alunos. A diretora da escola, Irma Akamine, estudiosa de temas como suicídio, luto e comportamentos destrutivos, destaca que o Pioneiro investe em um trabalho de longo prazo. Tem uma equipe estruturada para lidar com questões relacionadas à saúde mental dos alunos, encorpada pela especialista Karina Fukumitsu e do GEPEM – Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral, da Unicamp.
Para a psicopedagoga e professora do Instituto Singularidades, Marta Gonçalves, é importante olhar para o todo. “Tratar o aluno de maneira integral é olhar para esse indivíduo com a sua singularidade e ajudá-lo a potencializar o seu desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional”, destaca. Um olhar mais atento pode fazer a diferença em um período de recuperação de uma pandemia global.
“A saúde do aluno está explícita em seu sorriso, no tamanho da janela do seu quarto, no número de árvores na rua, na quantidade de praças no bairro”, diz Ausônia Donato, especialista em saúde pública e diretora do Colégio Equipe, em Higienópolis. Segundo ela, é importante trazer em todas as situações de ensino aprendizagem uma reflexão sobre a questão da saúde. “ Temos de socializar a ideia de que saúde é um direito”, diz. No Colégio Equipe, a disciplina Saúde Pública faz parte do currículo.