Copa do Mundo nas escolas

Copa do Mundo nas escolas

Álbum de figurinhas, ruas pintadas, comércio fechado e adolescentes eufóricos. A Copa do Mundo está de volta. Após o vexame do 7×1, o clima agora é de esperança e festa e dentro das salas de aula não é diferente. Na escola, alunos estão fazendo contagem regressiva para a abertura da Copa e até bolão para apostar nos vencedores. Professoras enxergam o momento como uma possibilidade de estimular o interesse do aluno pelos estudos.

Das aulas de geografia e matemática, até na educação sócio emocional, a Copa traz consigo coisas positivas para o ambiente escolar. Flávia Bravo, professora do 1˚ano da Carandá Educação, conta que o álbum da Copa virou febre entre os alunos. “As crianças começaram a trazer figurinhas de casa e a escola viu uma maneira de trabalhar isso. Optamos por ter um álbum da turma, e os alunos contribuírem com as figurinhas. Os conteúdos aprendidos foram ocorrendo durante o processo. O peso dos pacotinhos, a contagem das figurinhas, as diferenças culturais entre os países, as suas bandeiras e a localização geográfica permitiu muita conversa, discussão e reflexão”, diz.

Na Escola Tarsila do Amaral, o professor de educação física, Joe de Araújo, criou um projeto multidisciplinar para trabalhar o tema com os alunos. “ Em rodas de conversa, discutimos com os alunos do 1o ano do  fundamental 1 as raízes do futebol. A ideia é que os alunos conheçam mais  sobre o esporte, que é  marco cultural de nosso país”, afirma.

Com a turma dos mais velhos ( 2o  ano), o professor Joe está abordando  a história da seleção brasileira e seu histórico esportivo nas Copas. “E com o 3º, o foco está nas grandes figuras do cenário futebolístico brasileiro”, explica.

No Gracinha, escola da zona oeste de São Paulo, a disciplina de Corpo e Movimento trabalha com os estudantes as diferentes faces e vieses do esporte. Um dos objetivos principais da matéria é educar pela competição e para a competição, levar o esporte como algo que possa se tornar uma atividade profissional. “Dos pequenos aos maiores, o esporte é apresentado e trabalhado com ênfase na colaboração,  na dinâmica em equipe, na superação de dificuldades, no aprendizado da técnica e na inclusão de todos os estudantes.” conta Mildred Sotero, professora de Corpo e Movimento.

Em paralelo aos  jogos da Copa, o Gracinha fará um campeonato interno, com os alunos agrupados de forma multiseriada e assim como a Copa, “divididos” em várias seleções. “Cada equipe representa um país pertencente aos cinco continentes. Os estudantes vêm uniformizados com as cores correspondentes à sua equipe e os jogos acontecem em horário de aula, fato que garante uma calorosa torcida em todos os jogos. Já realizamos a copinha do Fundamental 1 e no fim de novembro realizaremos a do Fundamental 2. As alunas e alunos participam de forma animada e até onde sabemos, as medalhas ganhas, compõem a decoração do quarto dos nossos estudantes durante anos.” diz.