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Javier Cercas discute que a grande literatura, exemplificada por obras como “Dom Quixote”, “Moby-Dick” e “O Processo”, complica nossas vidas ao apresentar contradições complexas e irresolvíveis, como loucura versus sanidade e bem versus mal. Ele argumenta que o valor da literatura não está em fornecer respostas, mas na busca por elas e nas próprias perguntas, o que ele chama de “verdade literária”—um conceito ambíguo e irônico. A ambiguidade enriquece a literatura, permitindo múltiplas interpretações e significados. O “ponto cego” de uma obra, sua ambiguidade central, aumenta sua profundidade e capacidade de gerar significado, garantindo sua durabilidade e contínua relevância através do tempo.
Javier Cercas é reconhecido por explorar em seus livros os limites entre a realidade e a ficção. Doutor em Filologia Hispânica pela Universidade Autônoma de Barcelona, teve sua obra traduzida para mais de 30 idiomas. É colaborador do jornal El País desde 1999, e atuou como professor nas universidades de Illinois nos Estados Unidos e de Girona na Cataluña.
Em 2001, publicou “Soldados de Salamina”, romance que obteve êxito fora do seu país de origem e vendeu mais de 1 milhão de cópias. O livro recebeu elogios de escritores como Mario Vargas Llosa, J. M. Coetzee e Susan Sontag e recria o momento considerado mais dramático da vida do escritor e ideólogo da Falange Rafael Sánchez Mazas durante a guerra civil espanhola. Desde então, Cercas se dedica exclusivamente à escrita literária e à produção de artigos para a imprensa sobre os debates culturais e políticos na Espanha.
Discípulo de Miguel de Cervantes e amigo do escritor chileno Roberto Bolaño, que o incentivou a seguir com a carreira literária, usa a literatura para propor uma reflexão sobre o passado da Espanha e do mundo ocidental e sua relação com o presente. É autor de O impostor, O ventre da baleia, A velocidade da luz e Anatomia de um instante, livro que venceu o Prêmio Nacional de Narrativa da Espanha.
Defende que o problema de sermos incapazes de encarar nossa própria história é uma questão não só da Espanha, mas de todos os países. Seu livro mais recente, “El monarca de las sombras”, publicado em 2017 e não traduzido para o português, aborda novamente o tema da guerra civil espanhola, momento histórico que marcou o seu país e a sua família.
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